25 de novembro - Dia internacional de luta contra violência à mulher
Marcadores: Papo sério
Vocês sabiam que a cada dois minutos, cinco mulheres são
agredidas violentamente no Brasil? Que cerca de 10 mulheres morrem, diariamente,
vítimas de violência doméstica?
Vocês sabiam que apenas 10 a 20% das mulheres denunciam seus
agressores? E que a maior parte dos agressores são os pais, padrastos, tios,
padrinhos, esposo e só então que pessoas desconhecidas aparecem na lista?
A violência contra a mulher é um problema mundial ligados ao
controle e ao poder masculinos e atinge as mulheres independentemente de idade,
cor, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual ou condição social. E são
muitas formas de violência contra a mulher, dentre elas a psicológica, física,
sexual e institucional.
O abuso por parte do marido ou companheiro é a forma mais
comum de violência contra a mulher e está presente em muitos países do mundo. A
agressão pode manifestar-se de formas variadas: maltrato físico (golpes,
bofetadas, pontapés etc.); psicológico (menosprezo, intimidações, humilhações
constantes); e relação sexual forçada.
Poucas são as mulheres vítimas de violência que procuram
ajuda das autoridades. A maioria busca algum tipo de ajuda junto à família ou amigos
ou silencia, por diversas razões, entre elas: medo de represálias, preocupação
com os filhos, dependência econômica, falta de apoio da família e dos amigos e
esperanças de que a situação de violência venha a ter um fim e constrangimentos.
Pela lei brasileira, o estupro corresponde, segundo o Art.213.,
em Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
Uma pessoa que foi vítima de abuso sexual leva consigo
insegurança, culpa, depressão, problemas sexuais e de relacionamento íntimo,
baixa auto-estima, vergonha, fobias, tristeza, desmotivação, síndrome do pânico
e, além disso, podem ocorrer tendências suicidas. Cada pessoa absorve o trauma
de uma forma diferente, de acordo com a experiência de vida, valores e crenças.
No geral, o primeiro passo do tratamento terapêutico é conscientizar a vítima
de que ela não teve culpa no ocorrido.
A Lei Maria da Penha, criada como mecanismo de defesa
para a mulher, não contém nenhuma menção em relação ao crime de estupro, mas
pode ser usada pelo juiz durante a pronunciação da sentença. Com ela, que
entrou em vigor no dia 7 de agosto de 2006, o rigor para as punições aumentou.
Hoje, os familiares que cometem qualquer tipo de violência contra a mulher podem ser presos em flagrante, sem a possibilidade de penas alternativas. O tempo de detenção, que antes era de um ano, passou a ser de três. Além disso, ele é retirado do domicílio e proibido de se aproximar da vítima.
Uma pessoa que tenha cometido o estupro receberá uma pena
que varia de 6 a
10 anos de prisão, de acordo com o artigo 213 do Código Penal Brasileiro, em
regime fechado. O crime é inafiançável e a possibilidade de condicional ocorre
apenas depois de cumprir dois terços da pena. O acusado fica em cela especial,
mesmo que seja apenas prisão preventiva ou temporária, pois os presos seguem um
tipo de "código de ética da criminalidade" e ele pode sofrer
violências caso fique junto dos outros.
Sei bem que são muitos os motivos que muitas mulheres ainda
têm pra se manterem em silêncio em casos
de violência doméstica, mas espero que a conscientização chegue a todas, e
aprendam que o poder da denúncia é maior que todo o constrangimento.
Fontes: Crime de Estupro
Dossiê contra a violência à mulher
Violência contra as mulheres
Estupro, o que fazer
Violência sexual no Brasil: perspectivas e desafios
Fontes: Crime de Estupro
Dossiê contra a violência à mulher
Violência contra as mulheres
Estupro, o que fazer
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Paty,
Vc escreveu bem, o primeiro passo para conscientizar uma mulher que sofreu violência doméstica e mostrar a ela que ela não é a culpada por isso...sei bem o que é isso, pois por muitos anos sofri violência doméstica (meu ex-marido). Passei muito tempo escondendo o fato por vergonha e por achar que tinha culpa...infelizmente muitas mulheres morrem antes de tomar coragem e dar um basta nisso. Otimo post.
Bjos
NÓS MULHERES DEVÍAMOS SER MAIS UNIDAS, E A LEI MAIS RÍGIDA,E UM ACESSO MAIS FÁCIL A PSICÓLOGOS TERAPEUTAS TER MAIS SEGURANÇA E AJUDA DO GOVERNO NOSSA SÃO TANTAS COISAS QUE NEM SEI.
OI PATY, VC TA BEM? RSRSR UM GDE BJO PRA VC FICA COM DEUS
Como pode nos dias de hoje ainda acontece essa covardia, parabéns pelo post, informativo e orientador, bjss
Parabéns pelo excelente post.
Bjs e bom domingo.
Olá Paty!Vim agradecer o elogio ao meu blog e deparei com esse excelente texto!Parabéns, muito bem dito!
Beijinhoss e boa semana.
Pois é docinho, além de todos os diversos motivos para não denunciar, muitas vezes as mulheres contam com a falta de preparo por parte da polícia. Conheço uma pessoa, relativamente próxima, que sofreu violência doméstica. O irmão dela, que vive sob o constante efeito do uso do crack, atirou tampas de panela de ferro nos seios dela que ficaram muito roxos, quase pretos. Ela chamou a polícia que chegou e o encontrou em casa, teoricamente um ato de flagrante, lei Maria da Penha. Mas o PM disse que não podia fazer nada pois se tratava de briga de família... quando a delegada desse DP voltou de férias, ficou indignada com a situação e chamou a mulher agredida. Foi feito exame de corpo de delito e aberto um processo que não sei que fim vai dar. A última vez que falei com ela, o cidadão estava desaparecido (felizmente). Fico com pena da mãe dele que é velhinha e sofre com tudo isso.
Enfim, sempre a mulher é quem sofre mais violência, tudo por causa desse machismo latente na nossa sociedade. Essa herança histórica de que a mulher é posse primeiro do pai, depois do marido. Assim, ao casar-se ela deixa o nome do pai e passa a ter o do marido... Enfim, detalhes aqui e ali de sintomas dessa doença chamada machismo...
Uma coisa é certa: quem cria os machistas somos nós mesmas, por isso, educar é algo muito delicado e envolve uma grande responsabilidade social.
Desculpe o enorme texto! rs
beijão
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